sábado, dezembro 06, 2008

OBSERVATÓRIO DIGITAL CASEIRO FOTOGRAFA O ESPAÇO


Segunda, 1 de dezembro de 2008, 15h09 Atualizada às 15h43

Greg Parker é um professor de Eletrônica na Universidade de Southampton. Ele também é um mago. Assim como o seu co-autor Noel Carboni. Verdadeiros magos, capazes de obter imagens que se equiparam às melhores do Hubble e de gigantescos telescópios terrestres, tudo isso usando menos de US$ 15 mil em equipamentos e mais paciência que qualquer dinheiro no mundo poderia comprar. A magia deles: um chip CCD refrigerado, um domo rotativo e processamento inteligente no Photoshop.

Estas imagens farão parte do Vistas Estelares, um livro que será publicado ano que vem e virá com todas as suas fotos do espaço, tiradas desde que eles se encontraram online há quatro anos.

Os dois voyeurs alienígenas começaram a trabalhar juntos online em 2004. Noel - um mago do Photoshop com inclinação para a astronomia - ajudou Greg a processar/editar suas imagens de M33, um membro do nosso grupo local de galáxias junto com Andrômeda (M31, que também está no livro deles) e a nossa própria Via Láctea.

Greg usa um telescópio refletor Celestron NExtar 11 GPS de 28cm com lente Hyperstar, um conjunto óptico que se acopla ao espelho secundário do telescópio, transformando-o de um astrógrafo lento f10 para um super rápido f2. Este sistema não é projetado para o olho humano, por isso ele acompanha com uma câmera CCD colorida one-shot Starlight Xpress SXV-H9C.

Para aumentar o desempenho da câmera, ele precisa se livrar do ruído do sensor, que é produzido pelo calor durante longos tempos de exposição. Isto é feito instalando-se um sistema de refrigeração de estado sólido, que abaixa a temperatura da CCD em 13ºC a menos que a temperatura ambiente.

Além disto, tem o último ingrediente da receita: Parker move o domo no seu observatório manualmente a cada meia hora para ajustar-se à rotação da Terra, que resulta em um céu constantemente móvel.

Gizmodo

domingo, agosto 31, 2008

CHOQUE ENTRE GALÁXIAS

WASHINGTON (AFP) - Uma gigantesca colisão entre duas galáxias, detectada pelos telescópios espaciais Hubble e Chandra X-Ray, permite distingüir claramente a misteriosa matéria escura da matéria comum, segundo os resultados de trabalhos de astrônomos americanos.
As imagens ópticas mostram, graças a uma técnica de coloração, a matéria escura passar (em azul), sem ser contida, através de montes de matéria comum, sobretudo de gases quentes, que apareciam em rosa pelo raios X, explicam.
Essa descoberta é considerada importante porque confirma os resultados de uma observação anterior, de 2006, do amontoado galático Bullet gerado por uma enorme colisão entre duas galáxias.
"Segundo acreditamos, essa última observação é uma etapa-chave para a compreensão das propriedades da misteriosa matéria escura", considera Marusa Bradac, astrofísico da Universidade da Califórnia em Santa Barbara e principal autor desse comunicado.
"A matéria negra é cinco vezes mais abundante que a matéria comum no universo", acrescenta.
Os cerca de 72% restantes são, supõem os astrofísicos, a energia de vida que explicaria a aceleração da expansão do universo, apesar da força gravitacional.
"Esse estudo confirma o fato de que nós estamos diante da presença de uma matéria muito diferente daquela que conhecemos e da qual somos feitos", prosseguiu Marusa Bradac.
Como com o Bullet em 2006, esse último amontoado galático (oficialmente chamado de MACSJ0025.4-1222), situado a 5,7 bilhões de anos-luz da Terra, mostra uma clara separação entre matéria negra e matéria comum.
A colisão de dois amontoados de galáxias de uma massa respectiva de milhões de bilhões de vezes a do nosso Sol se produz a velocidades de dezenas de milhões de km/h, segundo esses astrofísicos.
Após o choque, a velocidade dos gases de cada um dos amontoados galáticos se reduz, mas não a da matéria negra, ressaltam os pesquisadores, cujos trabalhos serão publicados na próxima edição do Astrophysical Journal.

segunda-feira, agosto 25, 2008

ASTRÔNOMOS DESCOBREM GRUPO DE GALÁXIAS GIGANTE


PARIS (AFP) - O observatório astronômico europeu XMM-Newton encontrou o maior grupo de galáxias jamais visto no universo, uma descoberta que pode confirmar a existência da energia negra, anunciou nesta segunda-feira em um comunicado a Agência espacial européia (ESA).

Este "monstro", batizado 2XMM J083026+524133, deve conter "uma massa correspondente a mil galáxias" e foi observado quando o XMM-Newton, que tem como missão estabelecer um catálogo de fontes cósmicas emissoras de raios X (planetas, cometas, quasares...) estava focalizado em outro objeto.

O J083026+524133 foi visto porque forma uma mancha muito brilhante. Observado em seguida com um potente telescópio de Arizona, se revelou um grupo de galáxias com mil vezes a massa de nossa galáxia, a Via Láctea.

"A presença deste grupo confirma bem a existência de um elemento misterioso do Universo, a energia negra", suposto responsável pela aceleração da expansão do Universo, destacou em um comunicado Georg Lamer, do Instituto de astrofísica de Potsdam (Alemanha).

"Grupos de galáxias tão grandes como este são objetos raros no Universo", indicou. "E a existência destas galáxias só pode ser explicada pela energia negra", continuou.

Segundo os astrofísicos, a maior parte do grupo situado a 7,7 bilhões de anos-luz seria formada de um gás a temperatura de 100 milhões de graus.

A equipe de astrofísicos que encontrou este grupo de galáxias estudava o catálogo de 190.000 fontes de raios X do XMM-Newton (X-Ray Multimirror Mission/Espelhos múltiplos para o estudo dos raios X), que realizou 3.500 observações em 1% do céu.

quinta-feira, junho 19, 2008

Cientistas descobrem três exoplanetas 'super-Terras' em torno de uma estrela

Seg, 16 Jun, 01h20

NANTES, França (AFP) - Três exoplanetas um pouco maiores do que a Terra, denominados "super-Terras", foram detectados em torno de uma mesma estrela por uma equipe de astrofísicos suíços e franceses que revelou sua descoberta nesta segunda-feira, em Nantes (oeste da França)

A equipe do Observatório da Universidade de Genebra (Unige) apresentou três exoplanetas com massa 4,2, 6,7 e 9,4 vezes maior que a da Terra, gravitando em torno da estrela HD 40307, situada a 42 anos-luz do nosso planeta. "A estrela está muito próxima, é quase nossa vizinha", explicou Michel Mayor, astrônomo de Genebra e descobridor do primeiro exoplaneta em 1995.

Os astrônomos também anunciaram ter encontrado duas "super-terras" em torno de duas outras estrelas, sendo uma com 7,5 vezes a massa da Terra em torno de HD 181433.

Mais de 270 exoplanetas já foram registrados em torno de estrelas, mas eles eram até hoje, em sua maioria, grandes demais para serem comparados à Terra, do tamanho de Saturno ou de Júpiter.

As últimas "super-Terras" foram detectadas graças ao espectrógrafo HARPS, um instrumento de ponta concebido e construído no Observatório da Unige e instalado sobre um dos telescópios de La Silla, no Chile. Ele já permitiu a descoberta de 45 planetas de menos de 30 vezes a massa da Terra, indicaram os astrônomos nesta segunda-feira.

"Sabemos atualmente que talvez quase todas as estrelas têm planetas que giram em torno delas. O que anunciamos nesta segunda-feira é que seguramente existem planetas muito pequenos, ou seja, quatro vezes menos a massa da Terra", explicou Michel Mayor.

"Em torno das estrelas, sem dúvida em um ou dois anos, descobriremos planetas habitáveis", assegurou Stephane Udry, outro membro da equipe da Universidade de Genebra.

sexta-feira, maio 30, 2008

GUERRA ENTRE GALÁXIAS


Qui, 24 Abr, 04h16

Redação Central, 24 abr (EFE) - A Nasa e a Agência Espacial Européia (ESA) tornaram públicas hoje na internet 59 fotos espetaculares da "guerra" travada nas galáxias no Universo, por ocasião do 18º aniversário da entrada em órbita do telescópio espacial "Hubble", em 24 de abril de 1990.

A coletânea de fotos, que podem ser vistas no site do "Hubble" e que é a maior tornada pública de forma simultânea, mostra a interação entre galáxias, em forma de dramáticas colisões que desencadeiam a formação de estrelas ou de sigilosas fusões que iluminam novas galáxias.

As imagens são fruto de um ano de trabalho do "Hubble", um sofisticado telescópio lançado ao espaço em 1990 pela agência espacial americana e pela ESA para observar o universo desde uma órbita a 569 quilômetros da Terra, onde permanecerá pelo menos até 2013.

Segundo a ESA, as fusões entre galáxias, mais comuns nos inícios do Universo, seriam uma das forças motrizes da evolução cósmica, e inclusive as galáxias que aparecem mais isoladas mostram sinais de ter experimentado uma ou mais fusões no passado.

"Cada uma das galáxias que se fundem nesta série de imagens representa uma instantânea de um momento diferente neste longo processo de interação", afirma a Agência Espacial Européia.

A própria Via Láctea contém vestígios das muitas galáxias menores as quais devorou no passado, e atualmente está absorvendo a galáxia elíptica anã de Sagitário.

A Via Láctea e a galáxia Andrômeda se dirigem em direção à outra atualmente a uma velocidade de 500 mil km/h e tudo parece indicar que seremos absorvidos dentro de 2 bilhões de anos, segundo a ESA.

"Quando isso ocorrer, muitas mais estrelas serão vistas no céu", disse à Agência Efe por telefone Lars Lindberg Christensen, porta-voz da ESA.

Dessa fusão nascerá uma nova galáxia, que já é chamada de Milkomeda e que será o novo lar da Terra, do Sol e do resto do sistema solar.

As colisões entre galáxias também são muito mais comuns do que o imaginado, como demonstram as observações feitas com tecnologia avançada e computadores sofisticados.

Estas interações, movidas pelas marés causadas pela força gravitacional das galáxias, são lentas e demoram centenas de milhões de anos para se completar.

Os choques entre estrelas são raros, porque grande parte das galáxias está vazia.

Apesar disso, quando as redes gravitacionais que unem as estrelas em cada galáxia começam a se misturar, ocorrem fortes efeitos de maré que distorcem a ordem estabelecida e criam novas estruturas e, em última instância, fazem uma nova configuração estável.

As marés entre galáxias são muito mais perturbadoras do que as que a Lua produz nos oceanos, porque as estrelas de cada galáxia estão unidas entre si só pela força da gravidade e as galáxias, devido a seu tamanho, passam muito mais perto umas das outras que a Terra e a Lua.