quarta-feira, junho 24, 2009

LUA DE SATURNO POSSUI SOB SUPERFÍCIE OCEANO SALGADO, DIZ PESQUISA


Qua, 24 Jun, 04h04

Redação Central, 24 jun (EFE).- Encélado, uma das luas geladas de Saturno, oculta sob a superfície do polo sul um oceano salgado, de acordo com cientistas alemães e britânicos, que publicam hoje a descoberta na revista "Nature".

O achado pode ter implicações para a busca de vida extraterrestre e para entender como são formadas as luas planetárias, afirmam.

Jürgen Schmidt, da universidade alemã de Potsdam, e Nikolai Brilliantov, da universidade britânica de Leicester, chegaram a esta conclusão após estudar os gêiseres de vapor e gás e as minúsculas partículas de gelo lançados do polo sul de Encélado a centenas de quilômetros no espaço.

A sonda "Cassini" descobriu os jatos em 2005 durante prospecção de Saturno.

Com a ajuda da Universidade alemã de Heidelberg e do também alemão instituto Max Planck, de física nuclear, os cientistas fizeram experiências em laboratório e analisaram dados procedentes do Analisador de Poeira Cósmica de Cassini.

Eles confirmaram que as partículas geladas expulsas pela Encélado contêm quantidades substanciais de sais de sódio, "o que sugere a presença de um oceano salgado a grande profundidade".

O estudo indica também que a concentração de cloreto de sódio nesse oceano pode ser tão elevada quanto a dos oceanos na Terra.

Esta é a primeira prova experimental direta da existência deste oceano salgado, ao qual Schmidt e Brilliantov já se referiram em outro artigo na "Nature" em 2008, ao explicar que os jatos de vapor eram expulsos com maior força que as partículas de poeira.

Essa força significa a existência de água líquida sob a superfície, e as teorias sobre a formação de satélites sugerem que quando um oceano líquido está em contato durante milhões de anos com o núcleo rochoso de uma lua se trata de um oceano salgado.

Encélado é um de três únicos corpos extraterrestres no sistema solar no qual ocorrem erupções de pó e vapor, e é um dos poucos lugares, além de Terra, Marte e da lua Europa, de Júpiter, onde os astrônomos têm provas diretas da presença de água. EFE.


segunda-feira, junho 15, 2009

MENOR PLANETA FORA DO SISTEMA SOLAR É ACHADO A 20,5 ANOS-LUZ


Ter, 21 Abr, 06h28

Por Alexia Vlahos

SANTIAGO (Reuters) - Cientistas que buscam planetas semelhantes à Terra anunciaram na terça-feira a descoberta do menor planeta já detectado fora do Sistema Solar - tem menos que o dobro do tamanho do nosso.

Esse exoplaneta (ou seja, que orbita uma estrela que não o nosso Sol) se chama Gliese 581e, por causa da estrela que ele orbita. Por seu tamanho relativamente pequeno, provavelmente se trata de um planeta rochoso, como a Terra, e não de um planeta gasoso, como Júpiter e Saturno, de acordo com os astrônomos.

"É o planeta mais leve detectado até agora fora do nosso sistema solar", disse em entrevista coletiva Gaspare Lo Curto, astrônomo da Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul. "Não estamos distantes de encontrar um planeta como a Terra", acrescentou.

O ano em Gliese 581e dura apenas 3,15 dias terrestres, e o planeta está fora da chamada "zona habitável", onde haveria condições para a vida, segundo Lo Curto. Sua massa é equivalente a 1,9 vez a da Terra, e ele fica a 20,5 anos-luz.

Embora esse planetinha fique fora da zona habitável, o maior de três outros planetas previamente descobertos no mesmo sistema parece ficar dentro do trecho propício à vida.

"O planeta mais externo fica dentro do que se define como zona habitável, que é a zona onde poderia haver água em estado líquido na superfície do planeta", disse Lo Curto.

Os astrônomos usaram um telescópio de 3,6 metros do Observatório Paranal, em La Silla, cerca de 600 quilômetros ao norte de Santiago (Chile). As descobertas serão apresentadas também em uma reunião astronômica nesta semana na Grã-Bretanha.

Cerca de 340 exoplanetas já foram descobertos, a maioria gigantes gasosos com características semelhantes às de Júpiter e Netuno.

A TERRA PODE SER O MELHOR LUGAR PARA ENCONTRAR ALIENS

Ter, 17 Fev, 02h52

Físico declara que alienígenas podem estar debaixo dos nosso narizes

Por Stella Dauer

Um artigo publicado na revista Cosmos especula que uma “biosfera escondida” pode existir em nosso planeta, dando espaço para uma possível vida alienígena, noticiou o site Slashdot .

De acordo com astrobiologistas, existem muitas formas de vida em nosso planeta que vivem sem o carbono, sendo portanto possível imaginar que possam existir outros tipos de seres em lagos de arsênico tóxico ou em pequenas passagens de água fervente do fundo do oceano. O físico da Universidade do Estado do Arizona Paul Davies sugere que os cientistas organizem uma “missão à Terra”, explorando locais inóspitos e de difícil sobrevivência para seres normais.

“Não precisamos ir a outros planetas para encontrarmos vidas estranhas. Ela pode estar embaixo dos nossos narizes ou até mesmo dentro de nossos narizes. É perfeitamente razoável esperar que encontremos uma biosfera escondida aqui na Terra, mas ninguém se deu ao trabalho de procurá-la até agora.”, declarou Davies na reunião anual da American Association for the Advancement of Science ( AAAS ) in Chicago. “A questão é ‘por quê’? O custo não é alto uma fração do dinheiro que gastamos na procura de vida extraterrestre”, disse ao site BBC News .

Davies ressalta que as mesmas ferramentas e experimentos que são utilizados para detectar novas formas de vida em outros planetas podem ser utilizadas na Terra, uma vez que só detectam elementos diferentes da nossa composição.

Cientistas dizem que a probabilidade de existir vida em outros locais do universo são medidas em uma escala que vai de 0 a 1, com 0 representando chances nulas e um para 100% de certeza. “Gostaríamos de pensar que é 1, mas quem vai saber?”, disse Davies.