sexta-feira, dezembro 02, 2011


Segundo agência, registros indicam presença de água subterrânea em Marte
Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)/Divulgação
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira que imagens feitas nesta semana por sua sonda Mars da cordilheira Phlegra Montes apontam para a existência de grandes quantidades de água sob a superfície de Marte, que poderiam abastecer as futuras missões tripuladas a esse planeta.
De acordo com a ESA, as imagens permitem observar de perto a cadeia montanhosa e constatar que praticamente todas as suas montanhas estão rodeadas por "leques de detritos em formas de lobo", que morfologicamente são muito similares aos acúmulos de detritos que cobrem as geleiras na Terra.
"Este fato sugere que talvez existam geleiras enterradas sob a superfície de Marte nesta região", apontou a agência em seu site. A ESA insistiu que as observações por radar provam que a presença de tais leques de detritos - estruturas arredondadas que aparecem com frequência em torno de planaltos e montanhas da região - está quase sempre relacionada com a existência de água em estado sólido sob a superfície, "às vezes a apenas 20 m de profundidade".
Segundo a organização, "as crateras de impacto nos arredores de Phlegra apresentam marcas que indicam uma recente atividade glacial na região". As teorias apontam que as cristas desse sistema montanhoso se formaram quando as crateras mais antigas se encheram de neve e, com o passar do tempo, foram se solidificando.
Além disso, a ESA explicou que estas geleiras se originaram em épocas distintas ao longo das últimas centenas de milhões de anos, quando o eixo polar de Marte era muito diferente do atual e, consequentemente, também o eram as condições meteorológicas na região.
"Todos estes indícios sugerem que poderia haver grandes quantidades de água oculta sob a superfície de Marte na região de Phlegra" e, "se assim for, essas grandes reservas poderiam abastecer os futuros astronautas que explorem o planeta vermelho", concluiu.

sábado, setembro 03, 2011

RIO DE 6 MIL KM É DESCOBERTO EMBAIXO DO RIO AMAZONAS


Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d’água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.
Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobras, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.
Os dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio. Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza.
Características
A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil m3/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma idéia da força do Hamza, quando a calha do Rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.
As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d’água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, as águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano.
Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar.

ASTRÔNOMOS DESCOBREM PLANETA FEITO DE DIAMANTE


 Por Ben Hirschler | Reuters - qui, 25 de ago de 2011
Além do carbono, o novo planeta também deve conter oxigênio
LONDRES (Reuters) - Astrônomos localizaram um exótico planeta que parece ser quase todo feito de diamante, girando em torno de uma pequena estrela nos confins da galáxia.
O novo planeta é bem mais denso do que qualquer outro já visto, e consiste praticamente só de carbono. Por ser tão denso, os cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino, ou seja, uma grande parte dele é mesmo de diamante.
"A história evolutiva e a incrível densidade desse planeta sugerem que ele é composto de carbono, ou seja, um enorme diamante orbitando uma estrela de nêutrons a cada duas horas, numa órbita tão compacta que caberia dentro do nosso Sol", disse Matthew Bailes, da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne.
A 4.000 anos-luz da Terra, ou cerca de um oitavo da distância entre o nosso planeta e o centro da Via Láctea, o planeta é provavelmente remanescente de uma estrela que já foi gigantesca, mas que perdeu suas camadas externas para a estrela que orbita.
Os pulsares são estrelas de nêutrons, pequenas e mortas, com apenas cerca de 20 quilômetros de diâmetro, girando centenas de vezes por segundo e emitindo feixes de radiação.
No caso do pulsar J1719-1438, seus feixes varrem a Terra regularmente e já foram monitorados por telescópios da Austrália, Grã-Bretanha e Havaí, o que permite aos astrônomos detectar modulações devido à atração gravitacional do seu companheiro planetário, que não é visto diretamente.
As medições sugerem que o planeta, com um "ano" de 130 minutos, tem uma massa ligeiramente superior à de Júpiter, mas é 20 vezes mais denso, segundo relato de Bailes e seus colegas na edição de quinta-feira da revista Science.
Além do carbono, o novo planeta também deve conter oxigênio, que pode ser mais abundante na superfície, tornando-se mais raro na direção do centro, onde há mais carbono.
Sua grande densidade sugere que os elementos mais leves -- hidrogênio e hélio -- que compõem a maior parte de gigantes gasosos, como Júpiter, não estão presentes.
O aspecto desse bizarro mundo de diamante, no entanto, é um mistério.
"Em termos do seu aspecto, não sei nem se eu posso especular", disse Ben Stappers, da Universidade de Manchester. "Não imagino que uma imagem de um objeto muito brilhante seja o que estejamos vendo aqui."

SONDA DA NASA CONFIRMA TEORIA DE ALBERT EINSTEIN

04 de maio de 2011 20h59

Sonda da Nasa confirma teoria de Albert Einstein

04 de maio de 2011 20h59

Uma das previsões de Einstein comprovada experimentalmente pela sonda é de que objetos como a Terra arrastam o espaço-tempo com sua rotação. "Imagine que a Terra está imersa em mel. Quando o planeta gira, o mel ao redor dele irá rodar e é o mesmo com o espaço-tempo", diz o professor da Universidade de Stanford Francis Everitt, principal pesquisador do experimento.

NASA DIVULGA IMAGEM APÓS SONDA ENTRAR EM ÓRBITA DE ASTERÓIDE

 Foto: Nasa/Divulgação 18 de julho de 2011 18h01
A sonda Dawn levou quatro anos para chegar à órbita do asteróide, onde ficará um ano antes de partir em nova missão.
A sonda espacial Dawn entrou na órbita de Vesta, um dos maiores asteroides do sistema solar, informou a agência espacial americana Nasa na madrugada deste domingo. A Dawn, que se encontra a 188 milhões de km da Terra, deve passar a cerca de 16.000 km de Vesta para estudar sua superfície. "Foram necessários cerca de quatro anos desde o lançamento da Dawn para atingirmos esta meta", disse Robert Mase, diretor da missão de 466 milhões de dólares, no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, na Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos.
Após um ano de observações e medições em torno de Vesta, a Dawn se dirigirá para seu segundo destino, o planeta anão Ceres, em julho de 2012. A sonda será a primeira nave a orbitar dois corpos do sistema solar além da Terra. O principal objetivo da missão de oito anos da Dawn é comparar e contrastar estes dois corpos gigantes, o que, segundo a Nasa, ajudará os cientistas "a desvendar os segredos dos primórdios de nosso sistema solar".
"Os instrumentos científicos da Dawn medirão a composição da superfície, a topografia e a textura. Além disso, a sonda espacial Dawn medirá a força da gravidade em Vesta e Ceres para que possamos aprender mais sobre suas estruturas internas", indicou a Nasa em um comunicado à imprensa. A sonda, que foi lançada em 2007, é equipada com um instrumento de raios gama e detectores de nêutrons, que recolherão informações sobre os raios cósmicos durante a fase de aproximação, assim como um espectrômetro infravermelho.

SONDA ESPACIAL ENTROU NA ÓRBITA DO ASTEROIDE GIGANTE VESTA


Foto: Nasa/Divulgação 17 de julho de 2011 09h48
A sonda Dawn levou quatro anos para chegar à órbita do asteroide, onde ficará um ano antes de partir em nova missão.
A sonda espacial Dawn entrou na órbita de Vesta, um dos maiores asteroides do sistema solar, informou a agência espacial americana Nasa na madrugada deste domingo. A Dawn, que se encontra a 188 milhões de km da Terra, deve passar a cerca de 16.000 km de Vesta para estudar sua superfície. "Foram necessários cerca de quatro anos desde o lançamento da Dawn para atingirmos esta meta", disse Robert Mase, diretor da missão de 466 milhões de dólares, no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, na Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos.
Após um ano de observações e medições em torno de Vesta, a Dawn se dirigirá para seu segundo destino, o planeta anão Ceres, em julho de 2012. A sonda será a primeira nave a orbitar dois corpos do sistema solar além da Terra. O principal objetivo da missão de oito anos da Dawn é comparar e contrastar estes dois corpos gigantes, o que, segundo a Nasa, ajudará os cientistas "a desvendar os segredos dos primórdios de nosso sistema solar".
"Os instrumentos científicos da Dawn medirão a composição da superfície, a topografia e a textura. Além disso, a sonda espacial Dawn medirá a força da gravidade em Vesta e Ceres para que possamos aprender mais sobre suas estruturas internas", indicou a Nasa em um comunicado à imprensa. A sonda, que foi lançada em 2007, é equipada com um instrumento de raios gama e detectores de nêutrons, que recolherão informações sobre os raios cósmicos durante a fase de aproximação, assim como um espectrômetro infravermelho.